“ As pessoas mudam. E muitas vezes se tornam as pessoas que elas disseram que nunca seriam.”

sábado, 14 de maio de 2011

Rosa ajeitou seus travesseiros..ainda apreensiva com a entrada da Mãe e do marido..
Assim que entraram Dona Amália e Claude, viram Serafina, ainda com a faixa na cabeça e com uma tipóia no braço esquerdo...
Serafina os olhou com muito interesse,se impressionou com a beleza do homem que segurava o Ramalhete de Rosas...

C:é pra você cherrie.—falou Claude olhando-a abismado e contente de vê-la aparentemente bem..

R:você?? Você é o meu marido??—perguntou engolindo em seco..nervosa..

C:Uí..Digo..Sim..

A:e..eu sou sua mãe..filha!—falou emocionada não conseguindo segurar as lágrimas..

C:calma dona Amália ,olha ela está bem..falou Claude tentando acalmar a sogra..

R:a senhora está bem?—perguntou Rosa sem saber o que fazer,pois a mulher caiu em lágrimas ali em sua frente e ela nen ao menos a conhecia,mas sentiu muita pena da senhora...

R:olha..a senhora é a minha mãe?—perguntou ainda muito confusa

A:sim..falou soluçando..

A:crodi..eu vou lá fora..não consigo ,ficar aqui..sem assustar a minha menina,eu ainda estou muito impressionada..falou saindo..bruscamente..

Dona Amália deixou Claude ali pela primeira vez sozinho com a esposa após o acidente...

Claude se aproximou...


C:hã..essas flores son pra você hã..

Serafina o olhou desconfiada, mas aceitou as flores,ele realmente era um homem muito bonito pensava ela,charmoso e a olhava como se amasse muito,e dava para ver que estava emocionado.


R:é..muito obrigada pelas flores..são lindas—falou agradecida


C:eu posso me sentar na cama?—perguntou apreensivo


R:pode sim..—falou ela sorrindo


R:você estava no acidente junto comigo?—perguntou curiosa


C:estava sim..Serafina você non se lembra de nade hã??—perguntou Claude ansioso por qualquer lembrança, qualquer vestígio que mostrasse pra ele que ela não o esqueceu..


R:bom..eu tento me esforçar pra lembrar..mas a minha ultima lembrança..são de Sirenes,de ambulância...

C:há..

R:posso te fazer uma pergunta?

Claude sorriu

C:Claro!— qualquer uma..

R:hã..você não é brasileiro não é?—perguntou sem graça

C:non..falou Sorrindo..(ele estava sentado na cama bem perto dela)

C:hã..sou de Paris..nasci e fui criado lá,voltei faz uns 5 anos para cá,mas sempre fiquei indo e voltando de lá pra cá..apenas quando tive que vir fazer um negócio muito importante aqui me fixei,e depois nós ..nós começamos a namorar depois nos casamos ,falou dando um meio Sorriso..

R:e nós namoramos por muito tempo?—perguntou avaliando o marido..


C:hum..bem pouco tempo,depois você engravidou..
Serafina tomou um susto...e arregalou os olhos..


R:Como assim eu engravidei??o que..o que você está falando???—perguntou ainda mais surpresa..

R:eu..eu tenho um filho???—perguntou mais nervosa que nunca para Claude


C:Calma Serafina..Calma..sim..temos um filho,eu non queria ter te assustado assim,escapou..—falou apreensivo..


R:eu estou Calma!—gritou agora eu quero que você me conte tudo! me canta quem eu sou!! —falou desesperada


Claude suspirou e a abraçou..Calma meu amor,eu sei que você deve está cansada,e confusa..


R:eu,não consigo me lembrar eu tento,mas toda vez que eu tento me lembrar minha cabeça dói..Falou se balançando na cama... abraçada aos joelhos...


C:Calma não se esforce demais,Por favor,as lembranças vão voltar naturalmente..— Falou passando as mãos por seu Rosto..
Rosa o olhou com os olhos marejados...

ela parecia tão frágil ,tão indefesa..—pensava Claude


C:Meu amor! Eu sou o maior interessado em que você se cure logo!—falou limpando as lágrimas dela com o rosto muito próximo do dela..

R:eu..quero que você me fale do meu filho?!como ele é..É um menino?quantos anos tem?

Com um gesto involuntário ela passou a mão pela sua barriga...
E se desesperou...com os olhos ainda que disparavam para todos os lados..


R:eu tenho um filho?cadê o meu filho??—perguntou desesperada


C:Calma,nosso filho está bem,ele é apenas um bebê ainda ,tem quase 10 meses,ele é lindo(falou sorrindo) igual a você e muito esperto também..


R:e onde ele está,porquê você não trouxe ele?—perguntou olhando fixamente nos olhos do marido


C:eu non queria te assustar..olha vamos fazer o seguinte,assim que você receber alta você o verá ele ainda é muito pequeno pra ficar no hospital,pode pegar alguma bactéria,hospital não é lugar pra um bebê saudável como o nosso filho!


R:é..—falou Rosa que ainda passava as mãos pela barriga,a sentindo vazia..aonde estava o seu bebê?porque não se lembrava dele!—pensava ela..

C:olha eu tenho uma foto da nossa família na carteira...Falou abrindo a carteira ...
Ele pegou a foto ,e colocou nas mãos dela..

A foto era deles três no sofá,Serafina segurava o bebê e Claude passava o braço por seus ombros no sofá,sorrindo para a foto...


C:Claro que aqui ele estava um pouco menor,desculpe eu não tenho nenhuma foto atual dele..ele está enorme e está quase dando seus primeiros passos e também está quase falando..só algumas palavras.sem sentindo..— Falou ele que ao falar do filho se empolgou..


C:Serafina eu non acredito que nossa vida mudou tanto após o acidente..—falou triste (pegando em suas mãos)


C:Eu te amo..sou louco por você meu amor...


R:olha..falou se afastando,eu estou muito confusa,eu sei que você é meu marido,mas pra mim você é um completo estranho,eu não o conheço,Realmente eu não me lembro de você..Eu queria muito lembrar mas infelizmente eu não consigo.—falou Serafina olhando-o séria..


C:eu non sei porquê isso aconteceu hã..mas eu sei que você me ama..um amor ton grande assim como o nosso non pode ser esquecido,nosso filho é a prova do nosso amor! Do meu desejo por vocÊ! Meu amor te amo mais que a minha própria vida...-- falou aproximando seu Rosto do dela ..

ele se aproximou do Rosto dela...
C:Serafina...-- Susurrou Claude a centimetros do Rosto dela..

mas antes que seus lábios se tocassem..
Dona Amália Entrou no quarto...como um furacón..

A:ai..Desculpa..eu atrapalhei...

C:non..qui qui isse dona Amália...-- falou Claude (que queria matar a sogra)

Serafina ficou bastante sem graça,seu coração tinha se acelerado com a aproximação desse Homem estranho que dizia ser seu marido,e que de fato ele era...

Serafina começava a entender ,porquê havia se apaixonado por ele..seu coração havia se acelerado com apenas uma aproximação... pensou ela olhando para ele..

A:Filha...Você ja se lembrou do seu marido, filha?-- perguntou olhando para eles..

Serafina ficou ,muito sem graça....

C:dona Amália ..non Serafina ainda non se lembra de nada hã..

A:filha!-- falou com a mão no Rosto como é que você se esquece da sua mãe do seu marido!?- perguntou Amália como se não acreditasse..

C:bom..eu vou sair vou deixar vocês a sós..-- falou Claude ,dando uma ultima olhada em Rosa..
ela sorriu..meio sem graça e ele fechou a porta..

Dona Amália e Serafina estavam sozinhas no quarto de Hospital..um silêncio constrangedor pairava no ar..

A:sabe minha filha...falou Amália sentando na cama perto de Serafina


A:eu sei que você não se lembra de nada ,mas eu sei que ai dentro do seu coração você sente algo,que não pode explicar...
Rosa balançou a cabeça confirmando..emocionada..


A:olha minha filha,sabe..esse Homem que acabou de sair daqui com aquela cara de assustado,todo confuso...ele é o seu marido,ele é um homem muito bom,e ama você com todas as forças dele,quando você estava em coma,ele só pensava na mulher dele ,apesar de ter várias costelas quebradas,de ter feito uma transfusão de sangue e de ter fraturado a perna,ele só pensava em você não teve sequer um minuto que ele não viesse lhe ver ,eu e ele quase moramos aqui nesse hospital nesse mês que passou..— falou olhando para a filha com uma expressão bondosa..
R:olha..dona..Amália..eu sei que ele me ama..eu pude sentir uma coisa aqui dentro do meu coração,mas eu ainda não entendo.


R:é como a senhora,eu estou sentindo uma ternura que eu não sei explicar pela senhora ,deve ser porquê a senhora é minha mãe..—falou dando um meio Sorriso



A:nós mães,precisamos mais de uma memória perdida para que nossos extintos sejam esquecidos filha,e você já é uma mamãe o Claude já deve ter contado sobre meu neto João Pedro,sei que assim que você pegá-lo em seus braços não vai precisar de nenhuma lembrança pra você saber que você é a mãe dele!—falou Amália emocionada..





Rosa deu um meio sorriso e pegou nas mãos da mãe...




R:olha dona Amália,eu sinto que a senhora é a minha mãe,sinto um grande carinho bem aqui dentro,e mesmo antes de ‘’conhecer’’ o meu filho eu já o amo,já sinto uma coisa dentro do meu coração um vazio.. falou passando as mãos na barriga..algo que eu não sei explicar...

A:filha...!sabe que..agora o mais importante é que você está viva!—se eu perdesse você...eu não sei o que eu faria..falou Amália já soluçando e chorando..


Por extinto Rosa a abraçou...dando leve palmadinha sem suas costas...Calma..ma..mamãe..tudo vai acaba bem...-- falou mais calma..

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